01 março, 2008

Igreja Católica


Uma das maiores diferenças entre mim e o meu gajo, se é que não é mesmo a maior, é no que toca à religião.
Ele é crente, católico (ultimamente) não praticante e eu sou uma pessoa que pura e simplesmente não sente a falta, nem tão pouco sente vontade de se por a pensar em coisas etéreas e que no fundo não iriam mudar em nada a minha vida. Logo.. não acredito em milagres, e acho a Igreja Católica uma das instituições mais hipócritas de todos os tempos.

Ora... ainda há dias no fórum onde escrevo, puséram-se a falar sobre Fátima e quando eu disse que não acredito em nada disso, disseram-me que era até um dia! Ora... eu já passei por algumas enrascadas na minha vida... e nunca chamei por Deus ou pelo JC.. chamei sim... pela minha mãe! :P

Mas.. quando contava ao meu gajo que tinha respondido que se me fizéssem uma Lobotomia talvez começasse a acreditar nisso... ele a modos que não gostou e prontos... amuou!

Raios partam os inventores das religiões por terem causado umas porcarias que motivam tantas guerras e chatices! :/

PS... já fizémos as pazes... sabemos que este é um assunto onde nunca estaremos de acordo um com o outro!

14 comentários:

Joana Saramago disse...

O universo em portugal é católico. quando se fala de religião, assume-se imediatamente que se está a falar do catolicismo. Aqui em londres convivo com pessoas de tantas religiões e vertentes diferentes que nem imaginas.
curiosamente ainda não conheci nenhum católico. há muitos cristãos anglicanos, protestantes, baptistas, pentecostais, depois há os hindus e os sikhs com as suas muitas vertentes tb, os muçulmanos que cada um interpreta o Corão da maneira que quer, etc etc.
um ponto comum a todas estas religiões é o facto do cérebro estar formatadinho como Deus quer.
Eu acredito no que as pessoas conseguem fazer, no que as pessoas fazem umas às outras. E só acredito em deus como sendo uma ideia fixa dentro das cabeças de cada um. da minha não, felizmente.

Também aprendi uma coisa desde que cá estou, que foi a ser mais tolerante. Já não me ralo se as pessoas com quem convivo vão à missa, é lá problema delas. desde que não me chateiem a mim...

Só que um problema que eu acho que muitas pessoas religiosas têm é a falta de tolerância.
Muitas vezes sou olhada pelos outros (crentes) com pena. Coitadinha de mim que não sou crente. Estou perdida! Sou pecadora!

Eu acho que a religião turva as mentes das pessoas. Acho inadmíssivel um médico acreditar mais em Deus do que em si próprio... Mas afinal quem é que tirou o curso? Quem é que andou a estudar tanto tempo para salvar vidas? Deus?

Enfim, podia estar aqui a escrever os meus pontos de vista até fazer bolhas nos dedos.

Quando conheceste o teu home já sabias o que a casa gastava. Ele também deve ter percebido logo que tu não eras propriamente da Opus Dei.
Tem que haver tanta tolerancia para as coisas que tu dizes como para as coisas que ele diz.

Eu seria incapaz de me casar com um católico praticante ou um religioso praticante seja do que for.
Tu ainda és mais tolerante que eu.
Ele tem muita sorte.
E vocês amam-se, qq discussãozinha é logo ultrapassada.

beijinhos e diz lá ao xico para não ficar amuadinho :p

bruno e.a. disse...

nunca se deve escrever nunca!
é que no pra sempre que está por chegar esse nunca pode cair!

sempre sujeito a mudanças,

bruno

Joana Saramago disse...

bruno, por mim posso dizer-te que não me irei tornar numa pessoa religiosa nem daqui a 1000 anos.
eu pendia mais para acreditar no Diabo, sei lá é mais divertido! Mas nem nisso sou capaz.
Não há nada como a ciência, a tecnologia, os feitos da Humanidade.
Não há milagres.

Draven disse...

Esses gajos e os que inventaram o trabalho....era espancá-los a todos xD

CARLUXA disse...

Como eu não acredito no acaso e sei que tudo tem uma razão, vim parar ao teu blog e li o teu post. Sou católica e gostaria apenas de dizer-te que milagres os há e mais do que tu pensas, nós é que andamos tão embrulhados nas coisas do mundo que não damos conta dos mesmos. Tu mesma és um mlagre, pois a vida é um verdadeiro milagre. Quanto a mim posso dizer-te que vivi uma experiência limite na minha vida e hoje o facto de aqui continuar a dar-te o meu testemunho a Deus agradeço todos os dias. E a fé não foi inventada por ninguém. Deus criou-te, bem como todo o mundo em que tu vives. E Jesus provou-te isso mesmo. Contudo como qualquer pai que ama o seu filho deu-nos a liberdade de escolha do nosso caminho. E tu, tal como todos nós traçamo-lo ao nosso jeito. Mas uma coisa eu te garanto ele está presente dia e noite na tua vida. Está presente nos teus momentos felizes e mais presente está naqueles dias que te sentes só e em sofrimento.Um beijinho e fica em paz e na benção de Deus. Felicidades.

Sílvia disse...

Eu acredito, tenho Fé, não precisamente na Instituição, mas nos principios...porque a Igeja não é quem lhe faz as leis como que um Governo é quem a mantém viva. E sabes, conheço e tenho grandes amigos que não acreditam, que desprezam e eu nunca nos chateamos por isso. A base é respeitar quem acredita e quem não acredita.

O problema para mim é que há muito mais fundamentalismo da parte de quem não acredita, do que de quem acredita. Não têm que tentar perceber qual a essência ou o que os faz acreditar, não têm "comprar Jesus", têm apenas que perceber e respeitar que aquela pessoa de que gostam acredita e que só quer ser respeitada, assim como nós.

A vida é um dar e receber constante, podemos questionar, eu própria questiono, faz parte da condiçãp humana, mas nunca trocaria ou falaria mal de algo em que faz com que o meu amigo se sinta bem e que não me afecta em nada :)

E sabes, eu acredito e nunca me vês a chamar por Deus a qualquer momento...sou muito mais de resolver os meus problemas sozinha e de agradecer o que me acontece de bom. Manias.lol.

Beijinhos

Girstie disse...

Cada um acredita no que quer acreditar e há que respeitar essas diferenças.
Confesso que é dos assuntos que menos gosto de falar, a religião. Porque de facto existem opiniões demasiado diferentes entre as pessoas.

O segredo é não tocar no assunto e tentar respeitar ao máximo o outro. Ou como a Jojo diz, há que haver tolerância, que é o essencial.

Anónimo disse...

eu tb chamo sempre pela minha mãe...:shifty:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Eu fico fodido quando as pessoas sabem o que é que eu tive e me dizem para ter fé em deus. Normalmente costumo perguntar: se deus existe e tem assim tantos poderes, por que razão não evitou que eu ficasse doente?
E os peregrinos que vão para Fátima e são atropelados pelo caminho? Onde é que andava a santa que não os avisou a tempo?
Eu acredito lá em merdas dessas? Cada um é livre de acreditar até no conto do vigário. E se há quem acredite nos políticos, não vejo grande mal que se acredite no Pai Natal e no caraças. O que me irrita não é as pessoas acreditarem. O que me tira do sério é alguém achar que eu tenho de acreditar no mesmo que elas acreditam.
Acho as religiões uma farsa e quem acredita nelas está, de certo modo, limitado mas isso é lá com eles. Eu não vou para a porta da igreja desviar os crentes das suas convicções mas não quero que me venha à porta impingir nada. E quando se trata de doenças acho o cúmulo da hipocrisia (ou da ignorância) que certas pessoas comecem a acreditar em deuses e em santinhas quando sentem o frio da morte.
Beijos.

Eduardo Fernandes disse...

Sou um cristão praticante no sentido mais lato da palavra. Creio que hoje se faz uma grande confusão entre igreja, religião e prática; e é esse o grande problema do cristianismo.

Uma grande maioria das pessoas acredita que "ir à igreja" ou "ser baptizado" faz delas cristãs mas isso é mas ou menos o mesmo que dizer que, se eu eventualmente passar um batom nos lábios, me transformo numa mulher.

Outros acreditam que o que é relevante é a religião mas a própria palavra de Deus, AKA A Bíblia, diz que a letra é morta.

Também não é o bastante acreditar somente; a crença tem que ser implicar no nosso redor.

Embora acredite que o ir à igreja é importante, se não essencial, o principal é praticar os ensinamentos de Cristo; ensinamentos tais que são amplamente pacifistas e tem como um dos seus principais objectivos o amor entre os homens.

A bem da verdade é que o Cristão se faz conhecer pelas suas obras e não por por aquilo que apregoa ou por onde ele vai.

Mas isso não é um mal da religião em si mas do homem como ser.

- Estaline se apregoava como um defensor do povo e da liberdade mas matou milhões.

- Os indianos matam centenas de cristãos todos os anos por eles não crerem da mesma forma.

- Os ingleses e os portugueses mataram e escravizaram aqueles que lhes eram diferentes.

Talvez nosso maior mal seja nos considerarmos efectivamente bons e com isso nos cegarmos para uma realidade de que somos essencialmente mau.

MoonWolf disse...

Tanto haveria a dizer... e tanto já foi dito...

Concordo com algumas, e discordo de outras... Mas, como não pretendo "convencer" ninguém, não me vou sequer preocupar...

Não entenderam? Se calhar não era para entender...

E, Jo, não fico chateado ctg... Acho só q estás a cometer um grande erro, do qual acusas as outra pessoas... Intolerância...

Para concluir, devo dizer q fiquei surpreendido, no bom sentido, com algumas coisas q aqui foram escritas...

Beijocas

Rita disse...

Olá, vim retribuir a tua visita.
Eu também não acredito na religião nem na Igreja, mais depressa acredito em Extra Terrestres mas não nego à partida uma ciência que desconheço. Não me casei pela igreja porque não acredito mas baptizei as minhas filhas porque o Sr. Marido fazia questão e a família também e como mal não faz, lá foi. Mas por mim, só por mim não o tinha feito. É assim como furar as orelhas, elas quando forem grandes que decidam...
Não me chateia nada quem acredita mas odeio fundamentalismos.
Jokas

Anónimo disse...

xico, eu disse que tinha aprendido a ser *mais* tolerante. nao quer dizer que o seja totalmente.
antes perturbava-me ver pessoas de quem gosto a acreditar em deus ou a ir a missa.
Agora acho que e' problema delas.
acima de tudo as pessoas devem ser livres de fazer as proprias escolhas. a minha foi a de nao acreditar em nada a nao ser nas pessoas e consequentemente na ciencia.

Tens que me dar o desconto, como a minha avo' (que partilha da mesma opiniao) disse uma vez em grandes gargalhadas:
"Somos todas umas hereges!!"
:D