21 abril, 2007

O trabalho de cenografia!

Hoje entreguei o meu trabalho de cenografia, ou melhor... o nosso! ;)
Sim, para este trabalho, juntei-me à talentosa e querida Helena e assim fizémos um trabalhinho conjunto!
Eu pensei no palco!
Ela pensou nas roupas!
Deixo aqui então as imagens... as minhas e os excelentes desenhos feitos por ela!
Pensou-se num ambiente escuro e despojado: Pavimento preto, cortinas pretas, paredes pretas.
Criaram-se três painéis de projecção: ao centro para a sombra chinesa e nas laterais para a projecção de imagens, que mudam ao longo do espectáculo e que funcionam como a memória visual da personagem.
Colocámos também uma cadeira situada na lateral direita do palco, em frente a um dos painéis de projecção.
Criou-se uma frente de gaiola, suspensa numa calha, por intermédio de cabos, gaiola essa que se move de um lado ao outro do palco, fruto do manuseamento do actor.

Num primeiro momento, o palco aparece iluminado por uma luz vermelha e difusa, altura em que o actor surge na boca de cena.


Por forma a materializar a ideia do homem preso dentro de si mesmo, utilizamos os dois painéis laterais para projectar imagens de um homem num colete de forças. Ao mesmo tempo, no painel central, surge o actor sob a forma de sombra chinesa.


No momento em que o actor interpela o público, aparece sentado no banco que se situa na lateral direita do palco. À sua frente está a gaiola. É assim que se exemplifica o aprisionamento do homem. Daqui para a frente, o actor surge sempre com a gaiola pela frente, interagindo com ela.


No momento em que o actor fuma, no meio da escuridão, ouve-se o click do zippo, vê-se a sua chama e o acender do cigarro. Só quando o actor fala é que se acende uma luz na boca de cena.
A gaiola encontra-se à sua frente. Esta é manuseada pelo actor que a puxa para um lado e para o outro, consoante a sua localização no palco, por forma a que esta fique sempre entre ele e o público.


Foram seleccionadas, algumas partes do texto, que vão sendo projectadas nos painéis laterais (a memória visual da personagem) e que vão surgindo à medida que o discurso decorre.
A frase, “Os 10 Mandamentos Depois de Cristo, acomodem-se nas vossas cadeiras porque o espectáculo vai começar” surge projectada em simultâneo nos dois painéis laterais. Ao mesmo tempo, surge o actor em sombra chinesa, no painel central, iluminado por uma luz vermelha, e com o microfone na mão.



Helena Claro és uma artista e tanto! :D

A PERSONAGEM FEMININA

Na entrada do teatro estará uma personagem feminina muito formal, que entrega juntamente com o bilhete uma vela, uma folha de papel em branco e uma caneta.
Foram elaborados diversos esboços, de forma a encontrar a nossa personagem feminina. A personagem por nós eleita foi esta última, que se encontra sentada, formal, mas sensual, próxima mas distante, entrega os objectos sem olhar muito, não deixando que se perceba o que se vai passar (indecifrável).





O PERSONAGEM DA PEÇA (único) – o conceito

Vestido com um fato negro justo, por baixo de uma armadura que lhe pesa, que o prende, mas que ao mesmo tempo ele acha que o protege e esconde, que o torna num ser perfeito, forte, indestrutível, intocável, quase divino, (inspirado nos cavaleiros do espaço). O fato preto por baixo Tem a função de o corpo se confundir com o cenário e sobressair só a armadura, dando um aspecto ainda mais divino, perfeito.
No entanto, tem algumas fragilidades. O facto de se encontrar descalço, torna-o frágil e os pés que tocam o mundo e as mãos também a descoberto com o significado que afinal ele ainda sente.
As fitas brancas de seda que o envolvem, são as amarras que o prendem. Mas será que prendem? São frágeis fitas de seda branca.

6 comentários:

MoonWolf disse...

Fabuloso...

Gostei imenso do q li e sobretudo do q vi... Acho, sem dúvida, q seria uma peça 5*....

Parabéns...

Anónimo disse...

Adorei. O conceito da peça que nos dás a conhecer está fantástico.
O guarda roupa muito potente! Muita personalidade!
Parabéns ás duas intervenientes :)

kandikills disse...

Oh minha querida queria dizer algo mais concreto e coerente, mas sabes que ando aqui numa corrida contra o tempo... Eu adorei o sentido e visual dos trabalhos (ambos simplesmente fantasticos!) embora tenha mais preferencia pelo sentido de minimalismo que usaste para o palco. Amei os desenhos da tua colega, mas nao sei porque o palco leva-me sempre a uma ideia mais oriental onde nao consigo enquadrar o roxo, por exemplo. Mas tb ando infiltrada no meu projecto, e acho que isso me esta a bloquear a criatividade e liberdade de ideias (falta 1 dia! falta 1 dia!). Gostei muito do texto, adoro o vosso trabalho! Boa sorte meninas, nao que voces precisem, mas porque voces merecem.

Beijinhosss, t**

Piorquemao disse...

Gostei do minimalismo do cenário e das cores escuras mas confesso as minhas limitações nesta área para saber se realmente percebo o que se passa aqui,...reconheço o teu esforço na certeza de que Eu não o faria,...

Boa continuação,...



Bem Haja,...Bjs,...

Anónimo disse...

bem o guarda roupa é qq coisa de fonomenal , maravilho ,nem sei o que dizer , amei , amei , amei ********
Continuas a suprpreender *******
Parabéns meu anjo

Anónimo disse...

olá boa tarde!
curiosamente através do actor dos dez mandamentos, cheguei aqui.
agradeço desde já a vossa prestação neste projecto , achei a vossa cenografia muito boa, actualmente o meu guião teve alterações e terei todo gosto que possam ir á estreia deste espectaculo, o professor Carlos já sabe do gosto que tive ao ver o vosso trabalho, a vossa sensibilidade, gostava tambem de vos conhecer.os dez..terão data de estreai a 24 de abril no ibérico.
um grande bem haja
florbela oliveira